RIO GRANDE

Limitações de operação do terminal de Rio Grande em função das condições meteorológicas e hidrológicas

Restrições Gerais
As regras de navegação são editadas e atualizadas regionalmente pelas autoridades locais e pelo Terminal. Manobras não podem ocorrer com ventos acima de 25 nós (12,9 m/s) de velocidade. A velocidade máxima para a movimentação no canal de acesso é de 5 nós (2,6 m/s). Os ventos em Rio Grande são bastante fortes e frequentes tendo influência considerável no tráfego e nas manobras dos navios no Porto, especialmente quando navegam em lastro.

Variação dos Níveis de Maré 
A maré astronômica em Rio Grande apresenta uma amplitude muito pequena e com muitas irregularidades, sendo quase que mascarada pelas variações de níveis devido aos fatores aleatórios, que podem causar elevações e rebaixamento dos níveis bem mais importantes que os de origem astronômica. As variações de nível de água em Rio Grande são, portanto, muito irregulares, como mostra, por exemplo, o registro realizado no marégrafo do Serviço de Praticagem no período de 18 a 22 ABR de 2006, apresentado no gráfico abaixo:

Fonte: Superintendência do Porto de Rio Grande

Fonte: Superintendência do Porto de Rio Grande

O gráfico abaixo mostra, em porcentagens de tempo (ano), as persistências totais (valores menores ou iguais) dos níveis de água referidos ao Zero Hidrográfico DHN. Foram analisados, estatisticamente, os registros dos níveis de água realizados de hora em hora, com 5 cm de precisão, pelo Serviço de Praticagem do Porto, durante um ano completo. O menor nível observado foi de -51 cm e o máximo foi de 114 cm.

Fonte: Superintendência do Porto de Rio Grande

Fonte: Superintendência do Porto de Rio Grande

Correntes da Maré e Outras Correntes
A maré tem características de maré mista, com o nível médio 22 cm acima do nível de redução da carta.As correntes do canal de acesso ao porto são comandadas conjuntamente pela ação da maré astronômica, de fraca amplitude, principal responsável pela inversão dos fluxos na região desembocadura do sistema lagunar, pelas vazões da bacia contribuinte da lagoa, pelos ventos e por outras influências meteorológicas. Como resultado, o regime de correntes na zona portuária é complexo, imprevisível, variando no tempo e no espaço em amplos limites. Com vento S, a maré costuma encher e represar a água na Lagoa dos Patos; com vento N, ocorre o contrário.Nas proximidades dos molhes, com vento S a corrente de enchente pode atingir 2,5 nós (1,3 m/s); com vento N, a corrente vazante pode chegar a 2,9 nós (1,5 m/s).

Visibilidade
Embora não haja registros seguros de ocorrência de nevoeiros na região de Rio Grande que permitam determinar estatisticamente as condições de visibilidade reinantes na região, de modo geral, é boa durante o verão, embora seja bastante prejudicada no outono e na primavera pelos nevoeiros ou precipitações muito intensas, sendo que normalmente as causadas pelas chuvas são de curta duração, e também por fortes cerrações. As informações fornecidas pelos Práticos da Barra de Rio Grande à respeito da praticabilidade da Barra indica que a barra fecha, por falta de condições visuais e dificuldade de operação dos navios ocasionada por nevoeiros, sobretudo no segundo semestre (JUL a OUT), no período das 6 às 9 horas. Por vezes os nevoeiros começam pela madrugada e prolongam-se até o início da tarde. A paralisação das atividades do acesso ao Porto do Rio Grande de acordo com os critérios acima, são de responsabilidade da Superintendência do Porto do Rio Grande e da Praticagem da Barra do Rio Grande.

Critérios Ambientais para Suspensão de Operações nos píeres

*Independentemente da velocidade medida do vento, se o comandante do navio ou o representante do Terminal considerar que as condições prevalecentes podem potencialmente ameaçar a segurança das operações, a transferência deve ser suspensa e os mangotes desconectados.